quinta-feira, 29 de abril de 2010

Eclipse.

Lua de São Jorge, de Macabéa, de José, de Basílio, da Lua. Lua branca dos santos, lua branca do recosto, do conforto, do olhar inesperado, aconchegante. Surpresa, lua que suspira, que se entrega, que ousa, mas não vulgariza, que excita sem deixar rastros. Enfim, lua da saudade! Esta, que leva e traz, novos dias, novas horas, tempos que resistem à voltar. Deu saudade de tanta gente, de um tempo feliz, prazeroso, que insiste em moldar-se em lembranças, outrossim, denegamos nossos dias à evolução, num ritmo normal em que alguns se encaixam. Enfim, lua das conquistas! Mesmo que após alcançadas,tornadas sem gosto, ou sem motivos, mas a ansiedade e a espera por tais, é instigante, perfeito. Enfim, lua da crença! A que não se cansa em existir, a que não se cansa pela espera, e que não fadiga por esperar um fim tão almejado. Que nos transforma em lunáticos por desejarmos e buscar mos a construção dos castelos de areia, turbulentos por ventos de assopros. Enfim, lua da vida! Eu vivo, e por isso existo. Esta nos intriga, introspectiva ou muito expressiva, mas sempre muda, sem contar aqueles velhos segredos. Quero compartilhar dos teus mistérios, vida, dos teus dessabores, cansei do level 1! Enfim, lua da felicidade! Enfim, lua do amor! aaaah, a lua do amor...

sábado, 10 de abril de 2010

Quando estamos tão frios quanto o dia, parece que as memórias e idéias fluem mais leves, e não carregadas como estas lindas nuvens cinzentas, acolhedoras. Somos fases, e vivenciamos uma incostância constante, os problemas são os mesmos, as alegrias previsíveis, a mesmice chegou e reinou, nada muda. Mas é aí que me prendo, amordaço os velhos dilemas que não desgrudam, sorrio nas horas mais impróprias, assim pra fazer tipo, tentando desvencilhar de uma imagem que por hora haja sido esquecida. E por mais que tente, sempre são os velhos esporros e o incômodo só cresce, nada agrada, a vitrola não consegue tocar alguma coisa que me anime, a famosa indecisão. Ainda não sei o que eu quero, não sou mania nacional, não quero ver o outro se dar mal. "Eu quero paz, justiça e alegria". Preciso ver Irene rir, preciso dos velhos cascudos de amigos, preciso de amor e que brote com raízes profundas, estou precisando de muitas coisas que nem mesmo sei se e o que preciso. Estou incontroverso, me faço triste. Aquela estrela precisa piscar, precisa estar sempre iluminada, o que me foi um dia, se foi, e levou consigo talvez, todos os bons momentos. Estou perplexo, mudo, calado e introspectivo. Sou leve, pluma que não alça voo. Talvez a mudança que precisa acontecer é que eu me sinta, me sinta.